Wednesday, September 01, 2010

Loneliness


Qual tem a borboleta por costume



Qual tem a borboleta por costume,

Que, enlevada na luz da acesa vela,

Dando vai voltas mil, até que nela

Se queima agora, agore se consume,



Tal eu correndo vou ao vivo lume

Desses olhos gentis, Aónia bela;

E abraso-me por mais que com cautela

Livrar-me a parte racional presume.



Conheço o muito a que se atreve a vista,

O quanto se levanta o pensamento,

O como vou morrendo claramente;



Porém, não quer Amor que lhe resista,

Nem a minha alma o quer; que em tal tormento,

Qual em glória maior, está contente.



Luís de Camões




Friday, July 30, 2010

Sunday, May 30, 2010

Sentes?

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Se cada dia cai



Se cada dia cai, dentro de cada noite,

há um poço

onde a claridade está presa.



há que sentar-se na beira

do poço da sombra

e pescar luz caída

com paciência.



Pablo Neruda (Últimos Poemas)



Saturday, March 27, 2010

Novamente

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Prazer e êxtase


O prazer se
faz em êxtase:
quando o
meu corpo,
feito água,
descobre
todos os
caminhos
do seu
E deixa-se
ficar
onde você
mergulha em
mim.

Stela Fonseca




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Tuesday, February 02, 2010

Monday, January 04, 2010

A Vida Suspensa




A vida suspensa, trava o ódio,
Desacordo da sintonia.
Vagas de dor dilacerantes,
Em sentida agonia.

A vida suspensa, no ar flutua.
Alma negra, rude e escura.
Sobre as chamas paira no ar,
Levita ao som do crepitar.

A vida suspensa, que vida?
Era o que querias? Mentira.
A vida suspensa em ti paira.
Flama, queima, range e rasga.

Autor: Manuela


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