Sunday, June 10, 2012
Thursday, February 09, 2012
Doce agonia
Sou um vulcão de espuma
Que tu semeias com teu sabor
Sou onda mágica no teu sal
Sou toda eu amor
Sobre o teu peito invento desejos
Descendo nas encostas do teu corpo
Acendendo o teu fulgor
Suave, sentido e sofrêgo
Nossa cama é o Universo
As estrelas o travesseiro
E no rasto da lua, plena e sombria
Eis que somos amantes
Nesta doce e eterna agonia
Manuela
Monday, January 23, 2012
Vicia-me...
Vicia-me...
No teu sussurro
Que me sinto ser tua
Embriaga-me
Gole por gole na tua boca nua
O néctar que nos teus beijos
Sacio
A sede que me sufoca e sua
Provoca-me...
Com os teus dedos seda e flor
Passeia-me
Aquecendo-me por inteira
Perco-me
Em gemidos e magia
Acaricio-te...
Loucura quente e fria
No teu corpo a emoção
Arrepia-te
Bebo-te com paixão
Sente-me...
Os meus olhos que te vestem
Sou a rosa mulher
E no céu do teu abraço
Perfumada da tua pele
Adormeço
E ao acordar
Dispo-me no teu olhar
Sem somente um toque teu...
O meu segredo...
Paula Lourenço OZ
Sunday, September 26, 2010
Wednesday, September 01, 2010
Loneliness
Qual tem a borboleta por costume
Qual tem a borboleta por costume,
Que, enlevada na luz da acesa vela,
Dando vai voltas mil, até que nela
Se queima agora, agore se consume,
Tal eu correndo vou ao vivo lume
Desses olhos gentis, Aónia bela;
E abraso-me por mais que com cautela
Livrar-me a parte racional presume.
Conheço o muito a que se atreve a vista,
O quanto se levanta o pensamento,
O como vou morrendo claramente;
Porém, não quer Amor que lhe resista,
Nem a minha alma o quer; que em tal tormento,
Qual em glória maior, está contente.
Luís de Camões
Friday, July 30, 2010
Sunday, May 30, 2010
Sentes?
Thursday, May 06, 2010
Saturday, March 27, 2010
Novamente
Monday, March 01, 2010
Tuesday, February 02, 2010
Monday, January 04, 2010
A Vida Suspensa
A vida suspensa, trava o ódio,
Desacordo da sintonia.
Vagas de dor dilacerantes,
Em sentida agonia.
A vida suspensa, no ar flutua.
Alma negra, rude e escura.
Sobre as chamas paira no ar,
Levita ao som do crepitar.
A vida suspensa, que vida?
Era o que querias? Mentira.
A vida suspensa em ti paira.
Flama, queima, range e rasga.
Autor: Manuela
Desligue o music player para ouvir
Monday, December 21, 2009
Saturday, December 19, 2009
Wednesday, December 16, 2009
Friday, December 11, 2009
Poema oferecido pela amiga Renata

NÃO TENHO DESCANSO
Rabindranth Tagore
Não tenho descanso. Tenho sede de infinito.
Minha alma desfalecente aspira aos remotos desconhecidos.
Grande além!
Ah! o canto dolorido da tua flauta chamando!
Esqueço, esqueço sempre que não tenho asas para voar,
que vivo eternamente preso à Terra.
A minha alma arde e o meu sono foge.
Sou um estrangeiro num país estranho.
Tu murmuras ao meu ouvido uma esperança impossível.
O meu coração conhece a tua voz como se fosse a sua própria voz.
Grande desconhecido!
Ah, o canto dolorido da tua flauta chamando!
Esqueço, esqueço sempre que não tenho o corcel alado.
Não consigo encontrar o sossego,
sou um estrangeiro em meu próprio coração.
Nas brumas batidas de sol das horas lânguidas
que imensa visão de ti me aparece contra o azul do céu!
Grande irreconhecível!
Ah! o canto dolorido da tua flauta chamando!
Esqueço, esqueço sempre que na casa em que habito sozinho,
todas as grades estão fechadas.
Rabindranth Tagore
Não tenho descanso. Tenho sede de infinito.
Minha alma desfalecente aspira aos remotos desconhecidos.
Grande além!
Ah! o canto dolorido da tua flauta chamando!
Esqueço, esqueço sempre que não tenho asas para voar,
que vivo eternamente preso à Terra.
A minha alma arde e o meu sono foge.
Sou um estrangeiro num país estranho.
Tu murmuras ao meu ouvido uma esperança impossível.
O meu coração conhece a tua voz como se fosse a sua própria voz.
Grande desconhecido!
Ah, o canto dolorido da tua flauta chamando!
Esqueço, esqueço sempre que não tenho o corcel alado.
Não consigo encontrar o sossego,
sou um estrangeiro em meu próprio coração.
Nas brumas batidas de sol das horas lânguidas
que imensa visão de ti me aparece contra o azul do céu!
Grande irreconhecível!
Ah! o canto dolorido da tua flauta chamando!
Esqueço, esqueço sempre que na casa em que habito sozinho,
todas as grades estão fechadas.

Imagem de cima feita por Manuela, (foto montagem), imagem de baixo Deviantart
Thursday, December 10, 2009
O Mundo é Grande
Carlos Drummond de Andrade
O mundo é grande
O mundo é grande e cabe
nesta janela sobre o mar.
O mar é grande e cabe
na cama e no colchão de amar.
O amor é grande e cabe
no breve espaço de beijar.
O mundo é grande
O mundo é grande e cabe
nesta janela sobre o mar.
O mar é grande e cabe
na cama e no colchão de amar.
O amor é grande e cabe
no breve espaço de beijar.
Saturday, December 05, 2009
Thursday, December 03, 2009
Poema
O fogo que na branda cera ardia,
Vendo o rosto gentil que eu na alma vejo,
Se acendeu de outro fogo do desejo,
Por alcançar a luz que vence o dia.
Como de dous ardores se incendia,
Da grande impaciência fez despejo,
E, remetendo com furor sobejo,
Vos foi beijar na parte onde se via.
Ditosa aquela flama, que se atreve
A apagar seus ardores e tormentos
Na vista de que o mundo tremer deve!
Namoram-se, Senhora, os Elementos
De vós, e queima o fogo aquela neve
Que queima corações e pensamentos.
Luís Vaz de Camões
Monday, November 30, 2009
Sunday, November 29, 2009
Sonhos
Sonhos e Pensamentos.
Espalhei meus sonhos aos seus pés. Caminhe devagar, pois você estará pisando neles.
Se destruissemos todos os sonhos dos homens, a terra perderia suas formas e suas cores e nós adormeceríamos em uma cinzenta estupidez.
Fernando Pessoa, in 'O Livro do Desassossego'
Friday, November 27, 2009
Subscribe to:
Posts (Atom)